terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ESTRATÉGIAS PARA DIAGNÓSTICO E AS POSSÍVEIS FORMAS DE AGRUPAMENTOS

PARA QUE SERVE O DIAGNÓSTICO?
O diagnóstico serve para o aluno mostrar o que sabe e para o professor planejar as atividades que ajudarão os alunos a se desenvolverem.

Neste momento não é hora de fazer o aluno entrar em conflito. Para isso existem as atividades específicas, tais como: letras móveis, escritas em duplas, jogos, etc. 

Assim, durante a sua realização o professor deve facilitar a tarefa para a criança mostrar o que sabe.

COMO FACILITAR A TAREFA DA CRIANÇA EM MOSTRAR O QUE SABE?

Organizar listas de 4 palavras do mesmo campo semântico seguindo a seguinte classificação: uma polissílaba; uma trissílaba; uma dissílaba; uma monossílaba.

Evitar a repetição de sílabas com a mesma vogal. No início da alfabetização, é comum as crianças ficarem presas no uso da quantidade mínima e no eixo da variedade de letras. Se não houver esta variedade podemos bloquear as crianças, dificultando um diagnóstico mais preciso.

LISTA QUE FACILITA O DIAGNÓSTICO

- PELICANO 
- MOSQUITO 
- PIOLHO 
- COBRA 
- RÃ

LISTA QUE NÃO FACILITA O DIAGNÓSTICO

- BOLO
- BALA 
- BOMBOM
- CHICLETES
- DOCE

Diagnóstico de frase?!?!: o ideal é solicitar à criança que escreva um texto conhecido: trecho de música, parlenda, etc.

Segue abaixo uma sugestão de Avaliação Diagnóstica:

NOME:_____________________________________________

1a ATIVIDADE DIAGNÓSTICA – 1o ANO - ____/____/2015

1.CIRCULE NO QUADRO AS LETRAS DO SEU NOME.
           (monte um quadro com o alfabeto completo)
A B C D E F G

N I J K L M N

O P Q R S T U

V W X Y Z

2. ESCREVA COMO SOUBER O SEU NOME NO ESPAÇO ABAIXO.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3. DESENHE COMO VOCÊ É.



2a ATIVIDADE DIAGNÓSTICA – 1o ANO - ____/____/2015

4. CIRCULE O NUMERAL DA QUANTIDADE DE CADA CONJUNTO.
(Cole  em dois quadros uma das quantidades abaixo de duas figuras diferentes)
(por exemplo: cinco flores)                                   (por exemplo sete bolas)
 3 - 4 - 5 - 6                                                           6 - 7 - 8 - 9

5. MARQUE O DESENHO EM QUE O NOME RIMA COM LIMÃO.
          (cole três figuras mas apenas uma deve terminar com "ão")

6. CIRCULE TODA VEZ QUE A PALAVRA MALA APARECE.
 
                                   NABO           MELÃO           MALA
MALA
                                    LATA           MALA              MATA


3a ATIVIDADE DIAGNÓSTICA – 1o ANO - ____/____/2015

7. ESCREVA A PRIMEIRA LETRA DO NOME DOS DESENHOS.


8. FAÇA O QUE A PROFESSORA VAI INDICAR.
(monte um quadro com oito figuras diferentes - pato, cavalo, rato, moto, tartaruga,leão, avião, bola)
peça para que seu aluno pinte apenas as figuras que terminam com "to" ou com "ão"

ESCREVA COMO SOUBER OS NOMES DOS DESENHOS.
(cole dois desenhos, pipa e boneca por exemplo, e deixe um traçado para a escrita do nome)
             ___________________________                    
             ___________________________


4a ATIVIDADE DIAGNÓSTICA – 1o ANO - ____/____/2015

10. REPRESENTE A QUANTIDADE DE BORBOLETAS EM CADA QUADRO.
(Faça 4 quadros com com quantidades diferentes de borboletas, não mais que nove em cada um)

11. ESCUTE A FRASE QUE A PROFESSORA VAI FALAR E FAÇA UM DESENHO
(leia a frase sem pausas)                      A CHUVA CAI NO JARDIM.




5a ATIVIDADE DIAGNÓSTICA – 1o ANO - _____/____/2015

12. PENSE E ESCREVA O NOME DOS DESENHOS.
(cole Aqui  4 desenhos com traçado para a escrita do nome)

13. O QUE MAIS SEI ESCREVER.
_______________________________________________________


A Avaliação está dividida em cinco fases, pode ser aplicada em dias diferentes do mesmo mês.

QUE CUIDADOS DEVEMOS TER AO APLICAR O DIAGNÓSTICO?

  • Dominar a construção da escrita para saber exatamente o que os alunos pensam quando escrevem.
  • Realiza-lo individualmente.
  • Não escandir as palavras.
  • Pedir que leiam o que escreveram.
  • Não corrigir o que o aluno escreveu.
  • Deixá-lo à vontade para apagar, reescrever ou aumentar letras que queiram.

COMO AGRUPAR OS ALUNOS PENSANDO NA BASE ALFABÉTICA?

Antes de agrupar os alunos, precisamos ter clareza do que queremos trabalhar e o que sabe cada aluno: sabe traçar as letras? Conhece as letras? Qual é seu nível de escrita?

Não podemos agrupar as crianças que pensam igual. O ideal é que possamos agrupá-las por nível de aproximação para que, ao escreverem juntas, entrem em conflito cognitivo e modifiquem sua aprendizagem.

Dessa forma, em alguns momentos uns alunos ajudam os colegas e em outros momentos serão ajudados. Por isso é necessário que se promova rodízios freqüentes, tomando como ponto de partida o diagnóstico. Outro aspecto que devemos levar em conta é o comportamento das crianças.

QUAIS SÃO AS POSSÍVEIS FORMAS DE AGRUPAMENTO?

NÍVEL PRÉ-SILÁBICO
  • Aluno que não sabe grafar letras (movimentos contínuos e descontínuos) com um que sabe letras.
  • Aluno que só grafa letras do nome com um que já conhece muitas letras.
  • Aluno que conhece muitas letras com outro que também conhece, porém, que já percebe o som inicial ou final das palavras.
  • Aluno que percebe o som inicial ou final das palavras com um aluno que se encontra no nível de escrita silábico evoluído.
  • Aluno que conhece muitas letras com um aluno que se encontra no nível de escrita silábico restrito.

  • Aluno que se encontra no nível silábico restrito (SVS - sem valor sonoro) com outro que se encontra no nível silábico evoluído(CVS - com valor sonoro).
  • Aluno que só usa a mesma letra com outro que registra mais letras.
  • Aluno que se encontra no silábico evoluído com outro no nível silábico alfabético.

  • Aluno no nível silábico-alfabético com outro do nível alfabético.

  • Turma toda alfabética: dá conta de escrever sílabas complexas? Percebe que se fala de um jeito e escreve de outro? Aglutina? Já segmenta?

CONSTRUÇÃO DA BASE ALFABÉTICA

Através da análise das escritas dos alunos, podemos pensar em algumas propostas que propiciam a construção da base alfabética.

Estas são algumas possibilidades. Participar (ora como observador, ora como escriba) de situações reais e significativas em que a leitura e a escrita estão presentes com sua função social, é, sem dúvida, a mais rica possibilidade de pensar sobre a base alfabética.

PARA CONHECER AS LETRAS

  • Presenciar momentos significativos de escrita;
  • Trabalhar com as fichas do nome;
  • Aprender as letras de seu nome e dos colegas;
  • Aprender a ordenar as letras do nome;
  • Brincar de bingo;
  • Forca (professora escriba);
  • Bingo com a ficha do nome próprio e dos colegas;
  • Memória: nome X inicial ou retrato X inicial;
  • Cruzadão com letras móveis;
  • Brincar de caldeirão com a professora como escriba.

PARA APRENDER A GRAFAR AS LETRAS

  • Realizar muitas tentativas de escrita significativas com um propósito e finalidade;
  • Presenciar pessoas escrevendo com um propósito e finalidade;
  • Aprender a escrever o seu nome e o dos colegas (anotar nomes nas atividades, os nomes dos colegas do seu time, etc);
  • Caldeirão da bruxa, forca e jogo do professor (tendo a criança como escriba).

PARA PERCEBER A ORIENTAÇÃO DA ESCRITA

  • Presenciar situações significativas de escrita que tenham um propósito e finalidade;
  • Escrever em dupla com um colega que já começou a pensar na orientação da escrita;
  • Ser comunicado (conhecimento social);
  • Colocar as letras do seu nome e dos colegas em ordem com letras móveis;
  • Caldeirão, jogo do professor;
  • Ser questionado pelo professor ao colocar a primeira letra do seu nome, onde colocará a próxima;
  • Cruzadão com letras móveis.

PARA CONSTRUIR VALOR SONORO (CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA)

  • Adedanha ou adedonha, o também chamado "Stop ortográfico";
  • Alfândega;
  • Aliteração: figura de linguagem que consiste em repetir consoantes, vogais ou sílabas num verso ou numa frase, especialmente as sílabas tônicas.
  • Rima;
  • Escrever textos de memória (poesias, rimas, parlendas) ou palavras estáveis;
  • Realizar escritas espontâneas com propósito e finalidade;
  • Diagramar textos de memória;
  • Escrever em dupla com um colega que já começou a pensar na consciência fonológica;
  • Lista com a mesma letra inicial (buscar um mesmo campo semântico);
  • Bingo e memória (cartela de animais X inicial ou o contrário);
  • Tentar ler palavras que começam com a mesma letra inicial.

PARA CRIANÇAS QUE AGLUTINAM

  • Texto aglutinado para segmentá-lo;
  • Escrever em dupla com um colega que segmenta;
  • Caça-palavras;
  • Diagramar textos significativos;
  • Presenciar pessoas pensando sobre aglutinação e segmentação.

PARA CRIANÇAS QUE ORA ESCREVEM A SÍLABA COMPLETA, ORA NÃO  
(NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO)

  • Ganhar volume de leitura;
  • Ter muita possibilidade de pensar na escrita;
  • Escrever textos de memória;
  • Escrever um dupla com um colega que está alfabético;
  • Ler o que escreveu;
  • Atividades de consciência fonológica;
  • Letras embaralhadas em lacunado;
  • Caldeirão e forca;
  • Lacunado;
  • Cruzadinha;
  • Caça-palavras.

TRABALHO COM JOGOS

  • Utilizar em momentos sistematizados com o objetivo de pensar sobre a construção da escrita;
  • Conhecer suas possibilidades de intervenção;
  • Deve ser adequado ao diagnóstico realizado;
  • Realizar em duplas ou grupos de acordo com o diagnóstico;
  • Repeti-lo para que possa intervir em diferentes grupos.

TRABALHO COM PARLENDA

Por que trabalhar textos de memória?
  • ESSE TIPO DE TEXTO É SIGNIFICATIVO;
  • AJUDA NA ASSOCIAÇÃO;
  • A ESTRUTURA JÁ ESTÁ GARANTIDA E O ALUNO VAI INVESTIR SOMENTE NA ESCRITA.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM PARLENDAS:

Ir graduando as dificuldades, de acordo com o ritmo da sua turma:

1) Apresentar a parlenda em um cartaz em sala;

2) Ler para as crianças passando o dedo em palavra por palavra;

3) Memorizar a parlenda e utilizá-la em brincadeiras corporais;

4) Usá-las para sortear ajudantes, quem começa um jogo ou atividade, locomover-se pela escola, etc;

5) Pedir para as crianças virem a frente ler a parlenda para os colegas;

6) Promover um recital de parlenda para trabalhar a oralidade;

7) Fazer os personagens da parlenda de material reciclável;

8) Cortar as parlendas em tiras para as crianças ordenarem;

9) Levar a parlenda para casa para “ler” para os pais em uma bolsinha ou envelope;

10)Recortar a parlenda em palavras para as crianças realizarem a diagramação;

11) Desenhar os personagens da parlenda;

12)Fazer um livro com as parlendas preferidas do grupo;

13)Fazer uma lista com as palavras que rimam;

14)Fazer a caixa de parlendas: palavras em tiras. O aluno retira a tira e tem que recitar a parlenda da qual essa palavra faz parte;

15)Fazer bingo com as palavras da parlenda;

16)Jogar as palavras da parlenda no chão para adivinharem onde está escrita cada palavra: quem acha a palavra CAPITÃO... vou dar uma dica... termina com O;

17)Realizar a escrita da parlenda após ter sido memorizada em dupla;

18)Fazer lacunados para que completem: 

REI ________

_________ LADRÃO

(Variação: lacunado com grade)

19)Memória: desenho X palavras da parlenda;

20) Caça-palavras e cruzadinha das palavras da parlenda;


IMPORTANTE!  É necessário um trabalho constante com a parlenda, num período de no mínimo 2 semanas.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O TRABALHO COM NOME

1o momento: nome do aluno

1) Apresentação do nome do aluno utilizando o crachá. Cada aluno irá falar para os colegas após entrevista realizada em casa com os pais: nome e origem, quem o escolheu, se gosta ou não do nome, que outro nome gostaria de ter e porquê.

2) Identificação do próprio nome no crachá ou ficha: espalhar os crachás no chão e cada criança descobrirá seu nome. A professora poderá dirigir a atividade, indagando:
  • Onde você acha que está escrito seu nome?
  • Mostre com o dedinho onde está escrito seu nome.
  • Por onde a gente começa a escrever seu nome?
  • Como você sabe que este nome é seu?
3) Chamar atenção para outros aspectos: nome pequeno, nome grande, letra inicial e final, letras repetidas, formato das letras, etc.

4) Embaralhar os nomes para cada aluno encontrar o seu.

5) Uso das fichas na rodinha para o aluno identificar o próprio nome e depois os dos colegas.

6) Brincar de “Coelhinho vai para a sua toca”: espalhar as fichas e os alunos correm ao redor; quando o professor gritar “Coelhinho, ache sua toca” cada um deverá encontrar a toca onde está a ficha de seu nome.

7) Dança da cadeira: dançar ao som de uma música cantada pelos alunos. 

Quando a música acabar, cada aluno deverá sentar na cadeira onde está seu nome (colocar alunos a mais que o número de cadeiras, mas tomar cuidado para que todos tenham a oportunidade de participar).

8) Jogo de esconde-esconde: os meninos escondem as fichas com os nomes das meninas e vice-versa. Ao sinal da professora, cada um procurará sua ficha.

9) Sempre registrar nome nas atividades mimeografadas.

10) Observando a ficha, modelar as letrinhas do nome.

11) Quebra-cabeça do nome: cortar a ficha em pedaços, em sílabas e depois em letrinhas para a criança montar e depois colar.

12) Bingo de letras.

2o momento: nome do colega

1) Faça ações de incentivo, fale com os alunos que “iremos escrever no caderno o nome dos nossos coleguinhas, para guardar de recordação...”

2) Escolha um nome por dia (2 ou 3 vezes por semana).

3) Escreva o nome no quadro.

4) Peça para a turma ler o nome.

5) Ressalte detalhes como: tamanho do nome, letras repetidas, acento...

6) Conte as letras do nome e pergunte aos alunos quem sabe o nome de cada uma. Caso não saibam, você pode falar.

7) Usando palmas, “cante” o nome para descobrir quantos pedacinhos tem (divisão silábica – oral).

8) Deixe exposto no quadro, cartaz, o nome escolhido do dia.

9) Sempre faça a leitura dos nomes.

À medida que outros nomes forem trabalhados, após aproximadamente 2 semanas, realize também as atividades abaixo:

1) Sortear ajudantes para os alunos identificarem quem é, observando a ficha.

2) Embaralhar as fichas e deixar que cada aluno retire, sem olhar, uma ficha e diga para a turma o nome que pegou.

3) Cantar músicas para a chamada: os alunos começam a cantar e a professora mostra então uma ficha. Os alunos deverão completar a música com o nome que está na ficha mostrada.

4) Separar nomes de meninos e meninas.

5) Dominó de nomes.

6) Completar nomes faltando letras, observando modelo.

7) Caça-palavras: começar com poucos nomes.

8) Labirinto: passar por um determinado caminho onde só tenha nome de... 

9) Bingo de nomes.

10) Boliche com os nomes.

11) Ligar nomes iguais.

12) Ligar cada nome à sua primeira letrinha.

13) Encontrar no painel de nomes o que possui o número de letras pedido.

14) Encontrar o nome maior, menor.

15) Mostrar para os alunos um pedacinho (sílaba) para que encontrem o nome que começa com o pedacinho mostrado e então copie-o.

16) Encontrar um rótulo que começa com a mesma letra do nome.

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