terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

4a Etapa

Características de escrita no Nível alfabético


  • A criança descobre como a escrita é representada, ficando agora, várias questões ortográficas.

KAZA (CASA)
GALINA (GALINHA)
BUNEKA (BONECA)


  • A dificuldade na escrita de sílabas complexas (não canônicas), aquelas que ultrapassam a escrita CONSOANTE/ VOGAL, consiste em dificuldade ortográfica. 

Nesse nível, é comum encontrar crianças alfabéticas CV, ou seja, presas em consoante/ vogal. Quando isso acontece, é necessário um trabalho constante de ortografia, sempre privilegiando as sílabas complexas.

Ajude sua turma a desvendar o código escrito e se encantar com a conquista do mundo letrado Na fase alfabética, a criança já consegue compreender que cada uma das letras da escrita corresponde a partes sonoras e gráficas menores que a sílaba, numa apropriação que se convencionou chamar de aquisição da base alfabética. Nesse momento, portanto, é possível identificar, na escrita dos pequenos, uma correspondência sistemática entre letras e fonemas, mesmo que, muitas vezes, a ortografia não seja convencional.

Os pequenos, no entanto, já demonstram preocupação com a grafia correta das palavras, mas ainda podem cometer erros (completamente aceitáveis, aliás!), além dos famosos “cortes” de palavras. E assim, com respeito ao ritmo de cada um e utilizando as intervenções adequadas a cada momento, o código da escrita vai sendo desvendado para a turminha, abrindo as portas para as inúmeras e fascinantes possibilidades do mundo das letras. Promova esse encantamento em seus alunos a partir da atividade a seguir, que envolve o delicioso universo das histórias infantis.

Trabalho simultâneo com letras, sílabas e textos

Objetivo: estimular a leitura de pequenos textos para buscar informações, decodificar e interpretar.

Atividades pontuais:
  • Leitura oral;
  • Interpretação oral e escrita;
  • Reconhecimento de palavras, frases ou letras no texto;
  • Análise de palavras do texto quanto ao número de sílabas e de letras, quanto à letra inicial ou final;
  • Jogos ortográficos.

Atividade para desenvolver a escrita do nível alfabético

Reescrevendo Contos

Objetivos: organizar a história em partes: começo, meio e fim; reproduzir enredos utilizando imagens como base.

Conteúdos trabalhados:

• Conhecimentos sobre as características gerais das narrativas e especificamente do conto em questão
• Procedimentos de escrita: reconstrução oral elaboração de pré-texto
• Aprendizagem do sistema alfabético
• Relação texto-imagem

1. Promova uma reflexão com seus alunos sobre o que é um conto. Produzam, a partir da discussão, um manual de redação com regras imprescindíveis para a elaboração de uma narrativa.

2. Escolha, com a ajuda da turma, um conto de que todos gostem e faça a leitura. Dê preferência a historinhas já conhecidas pelos alunos. Após a leitura, divida, coletivamente, a história em partes.

3. Eleja, aleatoriamente, algumas crianças para desenharem as etapas da narrativa que separam anteriormente. Xeroque os desenhos de acordo com o número de alunos da sua turma.

4. Analise o nível de escrita em que seus alunos estão. A partir dessa avaliação, forme duplas e entregue uma cópia dos desenhos para cada. Procure unir alunos que estão em etapas diferentes na evolução da escrita, para que um ajude o outro.

5. Peça que cada dupla pinte as ilustrações à sua maneira. Depois, coloque a história na ordem correta dos acontecimentos.

6. Organize a hora do conto das historinhas produzidas pelas crianças. Em seguida, peça que redijam por escrito a história que relataram.

7. Troque as produções textuais entre as duplas, para que cada uma revise o texto dos colegas de acordo com o manual de redação produzido anteriormente. Após a correção, peça que os autores passem as composições a limpo. Para finalizar, analise os textos dos pares, apontando as melhorias que podem ser feitas.

8. Quando as histórias estiverem prontas e passadas a limpo, proponha aos pequenos a criação de um livro de contos reescritos, com textos de todos. Para isso, solicite que cada criança faça um desenho bem bonito num pedaço pequeno de papel. Una todas as ilustrações para formar a capa do livro.

9. Faça a montagem da obra da turminha em um caderno de 50 folhas ou digite o conto no computador e imprima. Acrescente a capa e faça as finalizações necessárias. Para agitar as crianças, promova uma tarde de autógrafos com os professores e os alunos de outras turmas. Por fim, entregue o exemplar para a biblioteca da escola.

Concluindo...

... Ao tomar decisões didáticas na alfabetização, considere o seguinte:

1. O nível de desafio: as atividades devem ser, ao mesmo tempo, possíveis e difíceis, ou seja situações-problema que obriguem a pensar e a tomar decisões.

2. As intervenções mais adequadas: as perguntas, sugestões e informações que você, educador, oferece às crianças devem favorecer a reflexão sobre as características e o funcionamento da escrita, para que os alunos possam avançar em seus conhecimentos.

3. Os agrupamentos: devem ser produtivos para a aprendizagem de todos. Para defini-los, você deve se basear no conhecimento que tem sobre as crianças e no objetivo da proposta. É importante que a distância entre os saberes dos alunos (sobre a escrita) 

não seja muito grande, para que um represente desafio para o outro. Se não, há o risco daquele que já escreve fluentemente de forma alfabética atropelar o que está descobrindo as letras.

4. A criança não é hipótese de escrita: ela tem hipóteses provisórias, que não devem se transformar em adjetivos ou rótulos, tampouco em critérios para formação de classes pretensamente homogêneas.

5. As hipóteses de escrita revelam o conhecimento da criança num determinado momento: não são perenes e transformam-se à medida que a criança reflete sobre as características e o funcionamento da escrita convencional, o que só acontece a partir do universo de informações, intervenções e situações didáticas que o professor oferece para a turma.

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