quinta-feira, 23 de abril de 2015

1- A história do próprio nome:

Como dever de casa, sugerir às crianças que peçam à mãe que escreva ou conte por que
receberam aquele nome.

2-Identificação do próprio nome no crachá:

Os crachás são espalhados na mesa e cada criança deve descobrir seu nome.

3- Identificação dos nomes dos colegas nos crachás:

Crachás são espalhados no chão. As crianças ficam assentadas em círculo:

_ Quem conhece outros nomes além do seu?

_ Mostre-me o nome do ...

_ Como você sabe que este é o nome do ...

 (cada criança deve explicar o critério usado)

4- Classificação dos nomes:

As crianças recebem uma folha contendo os nomes de todos os colegas. Devem recortar

e colar juntos, em outra folha, os nomes que são parecidos, de acordo com critério do próprio

ou sugerido pela professora.

5- Jogo com a ficha do nome:

As crianças recebem uma ficha com seu nome.

Devem dizer, batendo palmas, quantas letras tem o seu nome.

De quantos pedaços ele é formado.

A professora sugere: Vamos recortar o nome (como se fosse um quebra-cabeça) e

depois montá-lo para colar no caderno.

6- Outro jogo com a ficha:

Cada criança recebe uma ficha com o seu nome. A professora escreve no quadro uma

letra sem pronunciá-la.

_ Quem tem essa letra no nome? Faça uma cruz nela.

_ E esta? Faça uma bolinha.

_ E esta? Faça um risco.

Agora vocês vão escrever:

_ Quantas letras tem seu nome? Faça o numeral que represente a quantidade.

_ Quantas letras você marcou? Desenhe o numeral.

_ Quantas letras você não marcou? Escreva o numeral.

_ O que tem mais? Letras ou letras marcadas?

7- Jogo em dupla:

A professora distribui, para duas crianças que estão juntas, um retângulo de papel.

_ Cada colega vai escrever o nome do outro.

_ cada um escreve seu próprio nome e compara com o do colega.

_ Há alguma coisa parecida no seu nome e no de seu colega?

_ O que é parecido? Faça uma cruz nele.

_ O que é diferente? Faça um risco nele.

8- Correspondência de letras:

As crianças recebem uma folha de papel com os nomes de dois colegas. (Cada folha

com uma dupla diferente). Devem fazer a correspondência de letras parecidas nos dois

9- Recorte e colagem (letra inicial do nome)

Recorte e cole palavras, com a letra inicial de seu nome.

Os alunos devem procurar, em revistas e jornais, palavras que comecem com a letra do

seu nome, recortá-las e colá-las no caderno.

10- Recorte e colagem (Número de letras no nome)

Recorte e cole palavras com a mesma quantidade de letras que tem o seu nome.

As crianças devem procurar, em revistas e jornais, palavras com o mesmo número de

letras do seu nome, recortá-las e colá-las no caderno.

11- Ditado de iniciais:

Os alunos recebem uma folha de papel ofício. Devem dobrá-la, dividindo-a em oito

A professora dita o nome de um colega e as crianças escrevem a letra inicial daquele

12- Complementação (Preenchimento de lacunas)

A criança recebe uma ficha com seu nome, mas nele estão faltando algumas letras.

Deve completá-lo, fazendo posteriormente o confronto com outra ficha.. O mesmo trabalho

será feito com nomes dos colegas.

13- Bingo do nome próprio:

Cada aluno recebe um cartão com o seu nome e algumas sementes para marcar. A

professora lê e mostra uma a uma as letras retiradas de um saquinho. A criança que tiver a

letra deve marcá-la com a semente.

14- Quebra-cabeça com nomes:

Cada criança recebe seu nome escrito num cartão: deve recortar as letras, embaralhá-las,

remontar seu nome e, colar no caderno.

15- Cartões (em duplicata ) com os nomes:

A professora espalha, no meio da roda, os cartões com os nomes das crianças, em

duplicata, escritos em letra de imprensa e cursiva. Cada criança desvira dois cartões.

Encontrando o par, entrega-o ao dono e continua jogando, até não fazer mais par.

Finalmente, cada criança cola, no caderno, os dois cartões contendo o seu nome..

16-Junção do nome aos seus pedaços:

A professora distribui uma folha mimeografada contendo alguns nomes das crianças.

Embaixo desenha limites com sílabas correspondentes a cada nome para que a criança as

17- Marcação dos pedaços que formam o nome de um colega:

As crianças recebem uma folha com famílias sílabicas para que encontrem o nome de ...

18- Divisão sílabica do nome:

Fale o nome, batendo palmas - três, quatro ... palmas.

A professora escreve o numeral no quadro. Pergunta:

_ Quem tem nome de três sílabas, duas, quatro ...

Escreve, em seguida, os nomes debaixo do numeral e indaga:

_ Que nome tem mais sílabas ou menos sílabas?

19- Exercícios de completar:

Exemplo: Patrícia - Tomás = pato

 Gabriela - Marina = lama

20- Junção de sílabas ou pedaços:

21- Descoberta de novas palavras com pedacinhos do nome:

A professora apresenta , no meio da roda , os nomes das crianças dividido em sílabas ,

em fichas , de maneira desordenada . Propõe em seguida:

_ Vamos ver quem consegue encontrar os pedaços de seu nome e formá- lo bem à sua

frente? As crianças vão ao centro da roda e , depois de encontrarem os pedaços, voltam aos

seus lugares e os ordenam.

_ Vamos ler cada um o seu nome ? Cada criança lê o seu nome, apontando os

pedacinhos com o dedo. Exemplo: E du ar do

A professora desafia:

_ Vamos tentar descobrir outras palavras usando esses pedaços ?

Uma criança sugeriu a palavra ‘nada’ e explicou que era NA de Nádia e DA de Daniela.

A professora pediu que a criança pegasse os pedaços de que precisava, formasse no

meio da roda a palavra e , em seguida, a escrevesse no quadro. A criança copiou: NaDa.

_ O que é “nada”?

As crianças discutem e explicam.

A professora escreve a palavra numa ficha, deixando um espaço para a criança

22- Formação de frases com as palavras:

A professora apresenta na roda as fichas de algumas palavras descobertas para as

crianças formarem frase.

Exemplo: O navio é belo.

Em seguida, entrega a cada criança uma folha com algumas frases, e elas realizam

_ Risque as palavras que você reconhece.

_ Passe um traço em volta da frase: O dedo é da Denise.

_ Faça uma cruz no nome dos colegas que aparecem nas frases.

23- Invenção de uma história com uma das palavras descobertas:

As crianças fornecem idéias e ditam frases ; a professora escreve-as no quadro.

No dia seguinte, a professora traz a história em cartaz e faz sua leitura, e interpretação,

assim como o reconhecimento das palavras conhecidas. Apresenta também a história

mimeografada aos alunos e pede-lhes:

_ Passem um traço em volta da palavra peteca.

_ Ilustrem a história.

24- Crachás com nomes em tamanhos diferentes

_ Nomes pequenos, crachás grandes.

_ Nomes grandes, crachás pequenos.

Exemplo: Pedro Patrícia

Perguntar a Pedro:

_ O que você acha disso?

Ele diz: Não concordo, porque o meu nome tem menos letras que o da Patrícia. Começa

com a letra P ; o primeiro a de Pa, você poderia ter feito mais gordo que o e de Pe.

A professora faz outras fichas para Pedro e Patrícia. Desta vez a da Patrícia fica maior.

25- Aparecimento da primeira família silábica

Com a discussão dos nomes Pedro e Patrícia, surgem vários jogos.

Exemplo: palavras que começam com Pe de Pedro e Pa de Patrícia.

Pergunta: O que tem de parecido no nome de Pedro e no nome da Patrícia?

As crianças descobrem: Pe e Pa.

Os nomes são separados em sílabas.

_ Vamos pegar o que é parecido? Pe Pa

Alguém já viu outros pedaços que podem ficar perto destes? (A professora mostrou o

Pe e o Pa ). As crianças dizem: pi - po - pu.

A professora escreve no quadro: pi. Vamos descobrir palavras que começam com pi?

Faz-se o mesmo exercício com as outras sílabas. Em seguida:

_Será que tem aqui na sala, colegas que têm estas letras no nome? a -e - i - o -u

Peguem as fichas, separem o nome em sílabas. Alguém já descobriu?

Iracema Thiago Gabriela

 i a e

O que falta? Resposta: o - u.

Com este exercício, as crianças conseguem reconhecer e identificar rapidamente as vogais.

A professora faz uma ficha assim:

Iracema Thiago Gabriela

 i a e o u

 I A E O U

Outras fichas: Patrícia Pedro

 pa pe pi po pu

 Pa Pe Pi Po Pu

Também faz fichas pequenas com as sílabas: pa - pe - pi - po - pu , e as vogais.

Pedir às crianças que juntem os pedaços e tentem formar palavras.

 A partir daí repetir e recriar exercícios de complementação e correspondência.

 A importância de trabalhar com o nome para dar início às reflexões sobre o sistema de escrita na Educação Infantil


Maria. João. Antônio. Cecília. Fernanda. Imagine se não tivéssemos um nome. No meio de milhões de outras pessoas, como seríamos diferenciados? A importância dessa palavra levou muitos linguistas e antropólogos a acreditar que a escrita foi fonetizada por causa dos nomes próprios, uma vez que os pictogramas não davam conta de codificá-los e registrar a diversidade de indivíduos. Atualmente, é difícil conceber uma sociedade que não utiliza o nome próprio para registrar a diferença – e, por conseguinte, a identidade – de cada membro.
Diante disso, como pensar, então, numa forma mais significativa para dar início à alfabetização escolar?
Foram as descobertas sobre a origem e o desenvolvimento da escrita, conhecidos como psicogênese (leia mais sobre a Psicogênese da Língua Escrita, de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky ), que evidenciaram os processos de aprendizado das crianças e questionaram os métodos tradicionais de alfabetização, baseados na cópia de famílias silábicas. Com base nos estudos da pesquisadora argentina, a criança se tornou protagonista da própria aprendizagem. Desafiada pelas atividades e pelas intervenções do professor, a criança investiga, testa ideias, repensa, corrige. Aos poucos, se apropria do sistema de escrita.
Na etapa inicial de alfabetização, o papel do professor é ampliar, de maneira significativa, a inserção das crianças no universo da escrita, com o qual elas já têm contato por meio de, por exemplo, cartazes que veem na rua, da televisão e das listas de compras que seus pais fazem. “Não podemos dizer que se inicia o trabalho com nomes na Educação Infantil, mas que se dá continuidade a esse processo de alfabetização, que já estava acontecendo no ambiente familiar, de forma mais intencional e sistemática”, explica Andréa Luize, coordenadora do Núcleo de Práticas de Linguagem da Escola da Vila, em São Paulo. E nada melhor que uma palavra estável – não importa onde a criança veja seu nome, ele sempre estará escrito do mesmo jeito – para começar esse trabalho.
As crianças, aliás, intuem a importância do nome mesmo sem saber escrever. A psicolinguista Ana Teberosky, no livro Psicopedagogia da Linguagem Escrita, destaca a precoce tendência infantil a marcar suas produções, ainda que em forma de garatuja. Quando chegam à escola, essas crianças passam a dividir o espaço com muitos outros pequenos. Por isso, percebem que o nome delas adquire muito sentidoquando identificam seus objetos pessoais, como mochilas e lancheiras. “Socialmente, a escrita do nome ganha relevância”, diz Andréa Luize.

Do nome próprio à compreensão do sistema alfabético de escrita

Na realidade da sala de aula, como utilizar essa palavra cheia de sentido? Beatriz Gouveia, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá e professora da pós-graduação em Alfabetização do Instituto Superior Vera Cruz, diz que o trabalho com os nomes próprios deve ter objetivos de aprendizagem diferentes, de acordo com a faixa etária dos alunos. “Nas turmas de 2 e 3 anos, por exemplo, a preocupação é fazer com que a criança reflita sobre as marcações dos pertences e sobre a sua identidade”, explica. Assim, ela se enxerga como um ser distinto dos outros que a rodeiam.
Já nas turmas de 4 e 5 anos, o nome passa a ser um contexto para a reflexão sobre o próprio sistema de escrita. À medida que vão se apropriando do sistema e percebendo suas regularidades, como quantidade e disposição das letras e combinação dos sons, os pequenos passam a utilizar esses conhecimentos adquiridos para descobrir e escrever novas palavras. “O nome próprio será um referencial importantíssimo para a leitura e escrita de outros textos e é o professor que propõe às crianças recorrer a essas fontes de informação para que resolvam um problema”, diz Diana Grunfeld, especialista em didática da alfabetização e membro da equipe de coordenação da Rede Latino-americana de Alfabetização.
Nos próximos dois blocos deste especial, você encontrará propostas de atividades  -na educação infantil - e de intervenções que permitem às crianças avançarem em seus conhecimentos sobre a escrita.

 

ALFABETIZAÇÃO


O trabalho em grupo tem importante papel na aprendizagem, pois facilita a sociedade dos conhecimentos. As crianças , quando trabalham em grupos ou duplas, podem confrontar e compartilhar suas hipóteses, trocando informações.

A experiência tem mostrado que a organização da classe para a realização de atividades em grupos ou duplas requer a prévia combinação de padrões de comportamento entre professor e aluno, que deverão ser respeitados a fim de tornar o trabalho produtivo.

Segundo Teberosky & Cardoso, o trabalho em grupo ou dupla deverá obedecer aos seguintes critérios:

• Seleção das duplas ou dos elementos do grupo, de modo que haja possibilidade 

• Ajuda para que consigam estabelecer um acordo e todos os componentes 

É necessário, também, deixar claro que os alunos os controladores da produção: 

Enquanto dita (é o “ditante”, termo usado por Teberosky), o outro ou os outros 

escrevem e acompanham a atividade, para verificar se a escrita está saindo certa.

Além do controle da forma correta de escrever ou de desempenhar a tarefa, 

o grupo precisa sentir-se responsável e fazer com que todos os elementos 

trabalhem. Para que isso aconteça, é importante a cooperação entre eles. Aquele 

aluno que “sabe mais” vai orientar o que “sabe menos”, executando juntos, então, 

Em função desses benefícios que o trabalho em grupo faz a aprendizagem, 

sugerimos sempre essa estratégia em sala de aula.

TRABALHANDO COM LETRAS

De acordo com a fala de Esther Grossi, “há fortes indícios de que, para uma 

boa alfabetização, as letras necessitam adquirir status de categoria lingüística 

independente durante o processo, ao menos de forma implícita. Teoricamente 

também se vê que o manejo das inter-relações entre letra, sílaba e texto são 

condição para a alfabetização” (2).

Entre outros motivos citados pela autora, a criança precisa conhecer as letras 

como entidades em si mesmas para identificar: 

• O nome de cada letra e seu som correspondente (“a associação do som à letra 

do nome próprio, por exemplo, passa à dimensão sócio-afetiva, porque seu nome 

é a palavra de maior significado para ela”).

• As formas diversificadas de cada uma.

• Sua apresentação: maiúscula, minúscula, cursiva, de imprensa.

• Suas linhas: curvas, retas.

O conhecimento da seqüência em que as letras são apresentadas no alfabeto 

– o que foi convencionado arbitrariamente – também é importante no decorrer 

do processo da alfabetização, porque essa seqüência é utilizada socialmente na 

organização de dicionários, catálogos telefones e outras listas.

TRABALHO COM PALAVRAS

Decidimos começar com o nome próprio por ser a palavra mais significativa para 

a criança, pois permite contato com diferentes sílabas, diferentes tamanhos de 

palavras e proporciona a constatação das sílabas e até mesmo o valor sonoro de 

O nome – a primeira palavra-chave que servirá de modelo – será apresentado 

para a criança através do crachá

O livro trabalha, alternadamente, modelo e solicitação de escrita espontânea, pois 

segundo Ana Teberosky:

• “A escrita a partir de modelos situa-se a meio caminho entre as atividades de 

interpretação e as de produção”.

• “O modelo dá informação à criança sobre as letras, tanto de sua forma 

convencional como do valor qualitativo indicador da presença de uma palavra”.

• “O modelo dá informação sobre a quantidade de letras necessárias para 

• “O modelo dá informação sobre a variedade, posição e ordem das letras em 

uma escrita convencional”.

• Finalmente, “o modelo serve de ponto de referência para confrontar as idéias 

das crianças com a realidade convencional da escrita” (3).

TRABALHO COM TEXTOS

O aluno precisa ler, ouvir leituras e escrever para efetivamente aprender a ler e 

escrever. Por isso, ênfase maior no trabalho de alfabetização deve ser no texto.

Esse trabalho envolve textos informativos, poéticos, folclóricos, interativos, 

narrativos, normativos e ainda textos criados pelas próprias crianças, em duplas 

ou grupos, produzidos oralmente para, depois, serem escritos.

Selecione textos de acordo com o gosto e o interesse das crianças, levando em 

conta a faixa etária. Procure leituras que viabilizem o contar, recortar, encenar, 

recriar, desenhar e que possibilitem à criança interagir com a história, alterando os 

papéis de leitor / autor / ouvinte.

Propicie às crianças o contato com diversos tipos de texto. Acreditamos que 

assim ela poderá encontrar a legitimidade da função de cada um.

Cabe ao professor ter em mente e transmitir à criança que a leitura e a escrita não 

ocorrem só no interior da escola, mas, principalmente, fora dela.

Evite utilizar a leitura de histórias apenas com o pretexto de retirar do texto 

palavras para análise e estudo da língua.

A leitura de histórias deverá ser diária, por sua importância no desenvolvimento 

do processo ensino-aprendizagem da leitura e da escrita e por aumentar o 

vocabulário da criança e sua capacidade de interpretação dos fatos.

Faça também “recortes” de situações emergentes e, a partir deles, crie textos e 

estude palavras-chaves. Se uma criança ganhar um gatinho, por exemplo, você 

poderá aproveitar para produzir um relatório com a classe e explorar a palavra 

Aproveite os acontecimentos sociais, notícias do mundo (de jornais, revistas, 

rádio, televisão, etc.), e explore em sala de aula os que tenham despertado o 

Para trabalhar com jornais, por exemplo, traga para a classe vários exemplares 

inteiros e, inicialmente, em grupo, deixe as crianças explorarem todo o material, 

verificando as seções, as gravuras, as manchetes, etc. (pode ser que na classe 

existam alunos que nunca manusearam um jornal).

 em seguida, proponha aos alunos que tentem achar a notícia que, 

eventualmente, está sendo comentada por todos (pode ser que utilizem o 

recurso da gravura par identificá-la). Ficam a seu critério, de acordo com o 

desenvolvimento da classe, as estratégias de trabalho: reescrita do título, 

reescrita de trecho da notícia, ilustração da notícia, etc.

Se resolver trabalhar com uma parlenda, uma poesia, traga para a classe o livro 

que contém esse portador de texto e não apenas o texto mimeografado, a fim de 

que a criança possa explorar a capa e as ilustrações.

É importante pedir aos alunos que estudem (decorem) em casa histórias, 

pequenas trovas, parlendas ou letras de músicas; isso permitirá a “brincar de ler” 

TÉCNICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

A leitura é um encontro interior profundo com a mensagem escrita. O leitor 

raciocina, avalia, julga as idéias, aceitando-as ou rejeitando-as. É um trabalho 

intelectual e emocional.

A interpretação de textos deve ser permeada de perguntas, cujo conteúdo pode 

variar conforme a natureza e as possibilidades do texto. Há textos que favorecem 

a análise de causa e efeito, outros favorecem a exploração de detalhes, outros 

ainda a apresentação de atitudes ou julgamentos (4).

Sugestões de aspectos que podem ser explorados nos textos:

- Identificação do tipo textual.

- Identificação das personagens e exploração da personalidade de cada uma.

- Identificação da idéia principal.

- Seqüência de fatos: início, meio e fim.

- Opinião sobre o texto.

Perguntas que podem ser feitas:

Quanto ao título: Você escolheria outro?; quanto ao final da história: se você fosse 

o autor, modificaria ou deixaria este mesmo?

Ao interpretar uma gravura (o que é uma forma de ler), o aluno verbaliza essa 

leitura, colocando em palavras a sua compreensão; as relações entre as 

personagens e os objetos e as seqüências de fatos.

A percepção e a compreensão de relações na interpretação de imagens preparam 

o aluno para perceber e compreender a ação das personagens dentro de um 

texto, e permitem a “antecipação” na leitura.

É comum vermos uma criança pequena “ler” um livro apenas descrevendo as 

ilustrações ou mesmo criando uma história a partir delas.

Procure sempre fazer perguntas sobre as imagens, mas escolha questões que 

não sugiram as respostas e que não sejam óbvias demais. Faça perguntas que 

estimulem o pensamento e o raciocínio, que propiciem às crianças emitirem suas 

próprias opiniões, seus valores pessoais.

O “erro” precisa ser trabalhado e não evitado, pois é normal e faz parte do 

processo de construção da escrita pela criança. A postura do professor diante 

dele é que deve ser modificada.

É necessário deixar a criança ler e escrever espontaneamente, mesmo 

cometendo erros: através deles, o professor pode interpretar as hipóteses da 

criança sobre a escrita e avançar, oferecendo-lhes novos desafios ou retomando 

alguma atividade anterior.

Neste livro sempre realizamos algumas atividades de retomada de dificuldades 

para atender a essas diferenças de ritmo de aprendizagem.

Converse com seus alunos sobre os erros cometidos e proponha a auto-
correção, sem contudo inibi-los ou deixá-los com a sensação de incapacidade.

Cabe ao professor decidir e avaliar quando fazer as correções: em alguns 

momentos deverão ser coletivas, em outros, individuais. No entanto, corrija 

sempre as lições de classe e as de casa.

Quando os alunos estiverem produzindo textos, corrija-os através da reescrita.

Explique para os alunos que todo-escritor relê seus escritos várias vezes e 

submete seu texto a uma correção feita por outra pessoa. Fale que eles – os 

alunos – também precisam ler e reler seus escritos para finalmente passá-los a 

limpo e considerá-los prontos e acabados (5).

Outro cuidado que você precisa ter é não alterar o sentido do texto do aluno e sua 

idéia central, corrigindo apenas os erros ortográficos e de concordância.

O trabalho da escrita e da reescrita em grupo ou duplas favorece a criação do 

texto e ainda evita que os alunos se sintam melindrados na hora da correção ou 

reescrita na lousa. (6). 

Durante o processo de produção de texto, observe cuidadosamente os elementos 

do grupo e sugira a alternância de papéis: o aluno que escreve (o escriba) deve 

também desempenhar o papel do criador (o que elabora o enredo) ou o do ditante 

(o que dita) para o colega.

Como trabalhar a reescrita 

• Escolha uma das produções e escreva na lousa com todos os erros.

• Leia ou peça para o autor ou autores lerem o texto e deixe que eles 

percebam os erros cometidos.

• Após identificar os erros, solicite à classe sugestões quanto à nova 

organização da frase ou forma correta de escrever a palavra.

• Selecione para a reescrita a produção que contenha os erros que 

frequentemente ocorrem com a maioria da classe.

• Escolha a cada dia a produção de um grupo ou dupla diferente de modo 

que todos tenham a chance de ter seus textos reescritos.

Os momentos de produção e reescrita devem ser vistos de maneira prazerosa e 

rica em termos de aquisição da língua.

Crie um clima de desafio e participação coletiva que possibilite a todos se 

beneficiar das atividades.

A lição de casa não deverá ser motivo de ansiedade para a criança. Você poderá 

dar como lição de casa atividades que os alunos á tenham feito na classe ou 

variações de atividades que exijam o mesmo tipo raciocínio, a fim de que a 

criança possa fazê-las sozinha sem ajuda.

Você estipulará a freqüência e a quantidade de tarefas para casa. O mais 

importante é que a criança forme o hábito de estudar e adquira a responsabilidade 

ao fazer a lição de casa.

USO DO CADERNO

PREPARANDO O AMBIENTE DA SALA DE AULA

Ao organizar sua sala de aula para momentos de leitura, é importante criar um 

ambiente rico, estimulador e agradável para as crianças.

Evite colocar as carteiras umas atrás das outras, em fileiras, pois essa 

organização impede a socialização e dificulta o trabalho em grupo.

Organize-as em forma de meia-lua, em grupos de duas ou quatro, ou em dois 

Todas as atividades que vamos propor a seguir deverão, na medida do possível, 

ser elaboradas com a participação dos alunos.

Junto com as crianças, escrever em etiquetas os nomes dos objetos da sala 

de aula, fixando-as de maneira que fiquem visíveis para todos. Assim, desde 

o primeiro dia de aula o aluno já terá a oportunidade de assistir a atos de 

escrita e constatar que se escreve da esquerda para a direita, que as palavras 

possuem um número variado de letras, que as letras seguem determinada 

ordem na palavra e, sobretudo, que as coisas faladas ou nomeadas podem ser 

representadas através da escrita.

Faça um cartaz dos Aniversariantes do Mês. Escreva o nome dos alunos nos dias 

e que fazem aniversários e a idade de cada um. Comemore a data no final da 

aula ou como combinado pelo grupo.

É importante para a formação do espírito de cidadania que, desde cedo, o aluno 

seja capaz de discutir com o grupo todas as atividades a serem tomadas em 

sala de aula que aprenda a acatar as decisões grupais e, principalmente, emitir 

Seguindo essa linha de ação, faça um cartaz dos Ajudantes do Dia. Escolha 

com o grupo as atividades que precisam de ajudantes para serem executadas e 

relacione no cartaz. Registre também os critérios estabelecidos pelas crianças e 

quais os encarregados dos afazeres do dia.

Organize com os alunos “cantinhos” na sala de aula para:

• sementes, desenhos de animais, exposição de trabalhos de mesinha, dobradura 

• Caixas ou potes de lápis de cor, giz de cera, guache, tesouras, brinquedos (de vasos de plantas, experiências diversas;

• caixas com revistas em quadrinhos e livros de historias; jornais e revistas para leitura, pesquisas e recortes.

Etiquete cada cantinho com o respectivo nome.

Determine com a classe as regras para a utilização dos objetos dos cantinhos.

Estenda varais na classe para pendurar os trabalhos das crianças: desenhos, pinturas, colagens, produção de textos.

Determine com a classe o que deverá ser pendurado no varal e quantos dias cada material ficará exposto.

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